A história do Hotel Metropol de Moscovo — um lugar
efervescente de intrigas e segredos, e o centro da nefasta
propaganda de Estaline durante a Segunda Guerra Mundial
Em 1941, o exército alemão marchava em direção a Moscovo,
antecipando-se a iminente queda da União Soviética. No
entanto, tal nunca chegou a acontecer e, em 1945, um Estaline
triunfante assumia o papel do transformador de um país pobre
numa superpotência vitoriosa. Ao longo desses quatro anos de
guerra, por insistência de Churchill, Estaline aceitou que um
grupo de jornalistas americanos e ingleses ficasse em Moscovo
para cobrir a guerra na Frente Oriental. Hotel Vermelho, da
autoria do jornalista Alan Philps, dá a conhecer a gaiola
dourada que era o Hotel Metropol, onde o caviar não faltava e
jovens mulheres serviam como tradutoras e companheiras de
cama, mas também onde a intriga reinava: enquanto algumas
tradutoras fizeram dos jornalistas meros transmissores da
propaganda do Kremlin, outras eram dissidentes secretas que
revelavam a dura realidade da vida soviética. Com recurso a
informação inédita, o papel único das mulheres do Metropol é
contado aqui pela primeira vez. Num claro sinal de que tudo se
repete, a história do Metropol reflete as lutas da nossa era
moderna, com o uso da desinformação como arma de guerra, a
falsificação da história e a neutralização de Estados
independentes.