O clássico de Carlos Castaneda que abriu novas portas à perceção da realidade.
Em 1960, um estudante de Antropologia da Universidade da Califórnia (UCLA) começou a pesquisar plantas medicinais usadas pelas tribos do Arizona. Numa das suas viagens, numa cidade na fronteira com o México, conheceu um velho índio de cabelos brancos que, diziam, era um grande conhecedor de plantas. Diziam também que era um brujo, ou, se quisermos, um xamã.
O jovem foi ter com ele à procura de conhecimento - estava especialmente interessado num cacto com propriedades alucinogénicas, o peyote, também conhecido por mescalito. O estudante chamava-se Carlos Castaneda. O índio era Don Juan. E, em Junho de 1961, aceitou finalmente iniciar o jovem no xamanismo. Nos encontros que se seguiram, Castaneda dialogou longamente com o mestre. E sob o efeito do mescalito, de cogumelos e erva do diabo, sentiu a presença dos espíritos. Viu xamãs transmutados em lobos, encarou a morte sob a forma de um corvo prateado… Recolheu então as notas do seu diário, voltou para a universidade, e nos dois anos seguintes sistematizou-as e deu-lhes a forma de um livro.
A obra, Os Ensinamentos de Don Juan, foi publicada em 1968 - e mudou para sempre a nossa perceção da realidade.
Carlos Castaneda
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02/04/2019