No ano em que se comemora o centenário do início da Primeira Guerra Mundial justifica-se uma reflexão sobre um conflito que contou com a participação dos portugueses e mudou para sempre a vida da humanidade. Desapareceram impérios, redefiniram-se fronteiras, a ciência e a tecnologia foram colocadas de forma sistematizada ao serviço da capacidade destruidora dos instrumentos de guerra e várias nações, líderes do desenvolvimento industrial e cultural do mundo. Entre julho de 1914 e novembro de 1918, os portugueses participaram em três frentes de combate: Angola, Moçambique e Flandres. Portugal tinha recentemente implantado a república e a vida social, económica e política do país evidenciava uma forte e natural instabilidade que foi acelerada pela cisão do velho Partido Republicano Português e pelas diferentes tentativas de restauração da monarquia. Por detrás desta nossa participação encontram-se algumas relações causais entre a maçonaria e as decisões de diferentes governos republicanos que originaram o envolvimento de Portugal na Grande Guerra.
António Chaves Fidalgo e Pedro Ramos Brandão
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