Em que circunstâncias nasce a Banca Nacional e como reagiu às sucessivas
convulsões políticas, económicas e sociais do século XIX, século da sua
iniciação, que prosseguem e se repercutem no início do século XX, foi o
problema que na longa investigação se procurou compreender e, nesse
contexto, formar uma opinião. A invasão francesa conduzida por Napoleão, em
1808, que levou à fuga da Corte para o Rio de Janeiro, e a Revolução Liberal
de 1820, na cidade do Porto, para a qual a iniciativa de adesão da cidade de
Braga foi indispensável, poderão ser vistas como as causas de mudanças
ocorridas no contexto político português, com particular evidência a aprovação
da Carta Constitucional (1.ª a 23 setembro de 1822), através da qual se inicia o
fim do Absolutismo do Poder Régio. O Monarca passa a depender do
parlamento.
O fim das instituições que caracterizavam o Antigo Regime, em Portugal, foi um
processo lento, vigorando durante quase toda a primeira metade do século XIX,
originando dificuldades no desenvolvimento da economia portuguesa. O golpe
da Regeneração de 1851 implicou medidas importantes de saneamento do
Estado, fundamental no processo de mudança, pois permitiu a adoção do
regime monetário do padrão-ouro, em 1854.
O Banco do Minho, criado na cidade de Braga em 1864, é um ativo financeiro
resultante da ambição de empreendedorismo suscitado pelo Liberalismo.
Apesar das crises financeiras havidas, como a de 1876, com o carácter de uma
crise de especulação, o Banco do Minho debate-se com operações que
considera fraudulentas, com a falência de agentes fora do reino e com perdas
gerais sofridas, mas sobrevive à crise. E assim vai resistindo.
Adapta-se ao regime da Primeira República e à crise financeira da I Guerra
Mundial (1914-1918), mas não resiste ao saneamento financeiro que Salazar,
ministro das finanças, em 1929, introduziu no sistema bancário, com o reforço
da Caixa Geral de Depósitos enquanto banco de investimento e instrumento da
política económica do Estado, ao que acresce o crash financeiro de 1929, com
efeitos nos mercados internacionais, restringindo as remessas dos emigrantes
e as receitas de reexportação.