D. Jorge da Costa (†1508), o chamado Cardeal Alpedrinha, personagem maior do seu século, continua, pelo
imenso poder que exerceu à sua época, a estimular a imaginação e interesse de académicos e curiosos. A
sua agitada história pessoal e percurso eclesiástico, bem como os frequentes recontros com os poderes
monárquicos do seu tempo, com ressonâncias verificáveis na documentação diplomática entre a Santa Sé
e Lisboa, têm proporcionado um manancial inusitado de casos, explorados pelas mais férteis e fantasiosas
mentes. Manuel Brás Venâncio, sem medo da polémica, procura com a sua obra, fruto de um longo período de aturada investigação, aclarar o trajeto e opções de D. Jorge da Costa, resgatando assim das meias-
-verdades em circulação a figura de um homem invulgarmente dotado, de craveira internacional.