“E no dia 13, veio de cima um tufão de fumo com matérias incendiárias, que queimou seis pessoas; no dia 16, um semelhante tufão de fumo queimou três pessoas; no dia 17, com outro igual se queimaram mais de cinquenta pessoas, a saber, vinte e sete que o Reverendo Vigário das Manadas tinha trazido consigo para ajudarem a tirar a telha e algumas coisas da igreja da Urzelina para não serem devoradas pela lava que já vinha correndo para ela, e alguns outros que estavam no enterro d’uma criança pequena, dos quais quase todos ficaram mortalmente queimados; e nesta mesma ocasião se queimaram outros, quando andavam vendo se podiam salvar algumas coisas de suas casas. Neste tufão, ou redemoinho de fumo, foi envolto um casal, e lançados, a mulher para perto da rocha em distância donde foi levada pelo tufão de mais de 400 passos, sendo achada com as pernas e braços quebrados, e seu marido foi achado no outro dia morto no calhau do mar.”
Manuel Augusto de Faria, José Guilherme Reis Leite e Adriano Pimentel